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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Forever Changes | Love (1967)



Depois do lançamento de Da Capo, em 1967, o Love passava por uma fase ruim, apesar de ser a banda mais festejada de Los Angeles depois dos Byrds. A banda estava separada, os integrantes enfrentavam problemas com drogas. Arthur Lee explicou a crise da seguinte maneira:

          "Nós tínhamos o costume de trabalhar toda a noite. Depois que começamos a ganhar dinheiro, paramos de produzir. Quanto mais dinheiro entrava, menos produzíamos e isso deteriorou o Love. Cada um queria seu carro, sua casa e não precisavam mais de mim, que escrevia 90% das canções".

Foi neste contexto que o produtor Bruce Botnick decidiu reunir a banda e chamar alguns dos melhores músicos de estúdio que estavam disponíveis na época. Em três horas, duas canções foram gravadas, e no decorrer das sessões, o grupo foi crescendo, deixando os problemas de lado e passou a trabalhar novamente como uma banda.

Assim surgiu Forever Changes, terceiro disco do Love. Não foi um sucesso de vendas nos EUA, mas ganhou reconhecimento através dos anos, e hoje é tido como um dos melhores álbuns da história do rock.


O livro diz que:
A gravação do disco levou quatro meses, mas os resultados foram inéditos. Acid rock não era pra ser tocado com violão e orquestra sinfônica - ou era? Muito inovador para o gosto da Costa Oeste, o LP não conseguiu sequer alcançar o desempenho modesto dos dois discos anteriores da banda nas paradas dos Estados Unidos; na Inglaterra, porém, o álbum lembrava o jeito brincalhão e interiorano dos Beatles, Small Faces e Donovan (embora um ouvido mais atento pudesse identificar o turbilhão dentro da banda e da própria Los Angeles no Verão do Amor) e entrou para os Top 30. A essa altura, no entanto, a banda estava desmoronando e nunca recuperou sua força.




Concluindo
O Love faz o folk e o acid rock dialogarem muito bem com a música clássica e também com a música mexicana. O disco começa com "Alone Again Or", com uma pegada latina forte (melhor faixa do disco, na minha opinião). "The Red Telephone" conta com um arranjo de cordas bem bacana. As faixas vão se alternando entre baladas como "Andmoreagain" e um rock mais pesado, como em "Live And Let Live", mas sem a esquizofrenia psicodélica sem pé nem cabeça do disco anterior.

Forever Changes é um disco bom, muito bom. Ainda mais considerando o momento que a banda vivia. Felizmente, a crise não afetou a criatividade de Arthur Lee & Cia..


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