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domingo, 8 de janeiro de 2012

Midnight Ride | Paul Revere And The Raiders (1966)



Paul Revere And The Raiders é uma banda norte-americana que fez sucesso na segunda metade dos anos 60, competindo - digamos - com os Byrds e os Beach Boys. Midnight Ride é o quinto álbum de estúdio da banda, ganhou disco de ouro e chegou ao 9° lugar na parada da revista Billboard. A maior parte das faixas foi composta pelos integrantes da banda.

A música "Kicks", maior sucesso do grupo, considerada uma das 500 Melhores Músicas de Todos os Tempos pela revista Rolling Stone, faz parte deste disco.


O livro diz que:
... em 1966, o rugido que era a marca registrada do vocalista e líder Marc Lindsay em "Louie, Go Home" soava tão feroz como o de Eric Burdon, dos Animals, ou o de Van Morisson, do Them, e influenciou de forma significativa Roger Daltrey, do The Who. E, musicalmente, tudo se encaixou de maneira perfeita em Midnight Ride, com nove canções compostas pela banda. As músicas restantes são, talvez, dois dos melhores singles dos anos 60. "Kicks", de Barry Mann e Cynthia Weill, é uma pungente advertência contra as drogas que, no entanto, trata o cérebro da pessoa como se já estivesse reduzido a uma pasta. Um clássico do garage, "I'm Not Your Stepping Stone" (de Tommy Boyce e Bobby Hart), seria, mais tarde, gravado pelos Monkees, mas esta versão foi a que inspirou a dos Sex Pistols.








Concluindo
Então, vamos a mais um dos casos em que eu discordo do livro...

Assim... não é que o disco seja de todo mal. "Kicks" e "I'm Not Your Stepping Stone" são bem legais, bem perto daquilo que se poderia chamar de primórdios do punk rock (curiosamente, são as duas faixas que não foram compostas pela banda). Mas aí tem "Little Girl In The 4th Room", que tem um quê de baladinha dos Beach Boys. Mesmo caso de "All I Really Need Is You", que intercala o estilo Beach Boys com uma pegada um pouquinho oriental. E o disco termina com "Melody For An Unknown Girl", música com total cara de bailinho em que o vocal aparece apenas com uma narração. Tudo isso junto soou meio sem pé nem cabeça pra mim. Fico com as duas faixas que citei no começo do parágrafo, e só.



Faltam 415 dias.
Faltam 933 discos.

sábado, 7 de janeiro de 2012

If You Can Believe Your Eyes And Ears | The Mamas And The Papas (1966)



"All the leaves are broooooown/ And the sky is greeeeey...". Você pode até não saber quem são The Mamas And The Papas, mas eu tenho certeza que em algum momento da sua vida você já deve ter ouvido "California Dreamin'". Tô certa ou tô errada?

The Mamas And The Papas é um grupo vocal formado nos anos 60 nos Estados Unidos. Foram uma das únicas bandas norte-americanas a conseguir manter o sucesso durante a tal da "Invasão Britânica" (que citei no post anterior, by the way...). O sucesso do grupo se deve às belas harmonizações vocais e também à participação de seus integrantes na contracultura sessentista.

If You Can Believe Your Eyes And Ears é o primeiro disco da banda, e traz seus dois maiores sucessos: "Monday, Monday" e "California Dreamin'". Atingiu o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e ocupa o 127° lugar na lista dos 500 Melhores Discos de Todos os Tempos da revista Rolling Stone.


O livro diz que
Ao lado dos grandes sucessos estavam faixas que refletiam a busca pela liberdade pessoal, característica da época ("Go Where You Wanna Go"). A música que encerra o álbum, "The In Crowd", é uma sátira social altamente divertida ("If it's square, we ain't there"), mais tarde gravada de forma memorável pelo Roxy Music.






Concluindo
Bom, gente... Eu tenho algumas ressalvas com esse negócio de harmonias vocais, tanto que não curti os discos dos Byrds que tive que ouvir, por exemplo. Mas, toda regra tem sua exceção. E, digo pra vocês, é difícil não se render a The Mamas and The Papas. O som é gostosinho mesmo, e os vocais não me irritam, pelo contrário.

Sem dúvida, os destaques do disco são "Monday, Monday" e "California Dreamin'". Não foi à toa que estas faixas são, até hoje, os maiores sucessos do grupo. As harmonias vocais são levadas a um outro nível, e de repente você se vê imerso na música. Pra mim foi assim. 

P.S.: A voz da "Mama" Cass Elliot é uma das mais lindas da história da música. Pronto, falei!


Faltam 416 dias.
Faltam 934 discos.

Face To Face | The Kinks (1966)



The Kinks, a banda dos irmãos Dave e Ray Davies, surgiu na Inglaterra em 1964. São conhecidos nos Estados Unidos como uma das bandas da chamada "Invasão Britânica", e até hoje são considerados um dos grupos mais importantes e influentes de sua geração.

Entre meados dos anos 60 e começo dos anos 70, os Kinks lançaram diversos singles e LPs que foram sucesso de crítica e vendas. O grupo ficou conhecido por suas canções e álbuns conceituais que retratavam a cultura e o estilo de vida britânico da época, muito bem retratados pelo estilo observador de Ray Davies, principal compositor da banda. Face To Face é o primeiro disco dos Kinks a contar apenas com composições dele, e marca o florescimento pleno do uso da narrativa em suas canções, com comentários sociais nas letras.


O livro diz que:
Face To Face marcou uma mudança de atitude para Ray, seu irmão e guitarrista Dave, o baterista Mick Avory e o baixista Pete Quaife. Pela primeira vez, eles passaram meses trabalhando num disco, dublando as faixas durante várias sessões. O disco também marcou o fim da parceria com o produtor americano Shel Talmy, cujo método de trabalho bate-pronto não servia para arranjos mais elaborados.





Concluindo
The Kinks não era uma banda estranha pra mim. Acho que como muita gente eu comecei por "Lola" ("La la la la Lola... La la la la Lola..."), e depois fui conhecendo mais algumas músicas através de um CD com uma coletânea deles que eu comprei quando estava na faculdade e também de trilhas sonoras de filmes (High Fidelity é uma delas, claro). Mas eu confesso que durante muito tempo os Kinks eram pra mim os "outros garotos da Inglaterra", aqueles que não estouraram tanto quanto os Beatles, mas que também faziam um som legal.

Pois bem, ouvindo Face To Face passei a encarar os Kinks de uma outra forma. Acho que em termos de arranjos e melodias, o som deles não é nada de outro mundo. Veja bem, não disse que é ruim. É muito bom, só não achei nada de extraordinário. O disco conta com vários efeitinhos sonoros em algumas faixas: trovões em "Rainy Day In June", um telefone em "Party Line", ondas em "Holiday In Waikiki", algo que eu não tinha escutado em outros discos ainda e que achei até interessante, pois cria uma certa atomosfera pro ouvinte. O cravo (acho que cravo devia ser super cool nos anos 60, gente. The Byrds, Beach Boys, The Kinks...) aparece também em algumas músicas. 

Pra mim, o destaque fica mesmo por conta das letras do Ray Davies,  algo que, aliás, já havia me chamado a atenção desde que ouvi "Well Respected Man" na trilha sonora de Juno. Ray critica de uma forma bem humorada - e até um pouco sutil, eu diria - a sociedade britânica da época. E é isso que torna o disco legal de se ouvir. O destaque pra mim fica por conta de "Sunny Afternoon", em que Ray Davies faz uma crítica a um estilo de vida fútil, regrado pelo luxo. Bem bacana.




Faltam 416 dias.
Faltam 935 discos.

Xurumelas

Quarenta dias sem postar. É muito tempo, eu sei. Pra quem queria ouvir os 1001 discos em 500 dias pra não acumular muita coisa pra um dia só, é um atraso e tanto!

O que aconteceu foi que havia um final de ano conturbado no meio do caminho. Inferno astral (desculpaê quem não acredita, mas eu não apenas acredito como vivencio isso todos os anos. É um saco! Não tenho ânimo pra fazer absolutamente nada, ou seja...), falta de grana e aquela correria de sempre pra fazer as compras de Natal. Mas, calma, teve coisa boa também! Fiz uma viagem maravilhosa pra rever velhos amigos, fazer novos, tomar banho de mare me divertir muito. E teve o Natal e o Reveillon.

De verdade, leitores queridos, se eu tentasse postar em meio a tudo isso, não sairia nada de bom. Nos dias de inferno astral, acharia até Beatles e Bob Dylan sem graça. E nos dias de correria, por mais que eu ouvisse um puta disco, o post definitivamente não faria jus a ele, já que seria escrito com pressa.

Sendo assim, decidi tirar umas mini-férias do blog. Senti falta de escrever em alguns momentos, o número de acessos caiu muito, mas, se não é pra fazer bem feito, melhor não fazer. Essa é a minha filosofia.

Como podem ver, eu não desisti. Hoje volto às atividades do blog.

E vamo que vamo, que 2012 tem que render!


Faltam 416 dias.
Faltam 936 discos.