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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Love Supreme | John Coltrane (1965)



Já falei de John Coltrane aqui antes, mas sempre como coadjuvante. Agora ele é o artista principal. Saxofonista e compositor, foi um dos pioneiros do free jazz. Organizou ao menos 50 gravações como líder durante sua carreira, além de participar de muitos outros álbuns, principalmente com Miles Davis e Thelonious Monk. Coltrane influenciou muitos músicos, e permanece até hoje como um dos maiores saxofonistas da história da música.

A Love Supreme tem a intenção de ser um álbum espiritual. Coltrane lutava contra o vício em drogas, e o disco representa, de uma certa forma, sua luta pessoal por pureza. É também uma expressão da imensa gratidão do artista, que considera seu talento e seu instrumento como sendo de propriedade não dele, mas sim de uma força espiritual maior.


O livro diz que:
A Love Supreme consegue o raro feito de não fazer qualquer concessão e, ainda assim, ser totalmente acessível. A insistente linha de quatro notas do baixo de Garrison que inicia "Acknolowdgement" ("a LOVE su-PREME") funciona como leitmotif, constantemente reafirmado, explorado e mutilado tanto pelo sax tenor como pelos mágicos vocais. "Resolution" leva a um Coltrane mais familiar, complementado pela bateria de Jones (que soa como se fosse um solo, sem perder sua batida sólida), enquanto a coda do álbum, "Psalm", é uma oração instrumental.




Concluindo
Eu não acho que A Love Supreme seja algo assim de outro mundo como muitos dizem, inclusive o livro. O que não quer dizer que não seja muito bom. Afinal, estamos falando de John Coltrane. O que achei mais interessante neste disco é a maneira como ele faz de "Acknowledgement" um longo mantra, e como em "Psalm" recita um poema com seu saxofone (lembrando que a música - embora não tenha vocais -  foi feita em cima de um poema que Coltrane escreveu e que está no encarte do disco). 


Faltam 472 dias.
Faltam 948 discos.

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