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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Live At The Apollo | James Brown (1963)



Hoje vamos falar de funk aqui no Mil e Um. Se pensou em tchutchucas, popozudas e cachorras, pensou errado. O tema do post de hoje é o Mr. Dynamite, The Hardest Working Man On Show Business, ninguém mais, ninguém menos que... James Brown!

Só pra constar, vou fazer aquela introdução rápida de sempre e dizer que James Brown foi uma das figuras mais influentes da música no século XX. Seu jeito de cantar e dançar deixaram marcas em artistas do mundo inteiro. Ele é conhecido também como o "pai do Funk".

O próprio James Brown financiou a gravação de Live At The Apollo. O disco foi lançado pela King Records a contragosto do dono da gravadora, Syd Nathan, que não botava a menor fé em um disco gravado ao vivo sem nenhuma canção inédita. Brown bancou sua ideia e o álbum contrariou as expectativas negativas de Nathan: ficou nas paradas por 14 meses, atingindo a segunda posição na lista dos mais vendidos.

O livro diz que:
Não há gordura no disco. Brown e o diretor musical Lewis Hamlim ensaiaram a banda até chegar a uma imaculada e feroz precisão; quase não há espaço para o naipe de oito metais tomar fôlego. O grupo detona quatro sucessos num piscar de olhos antes de baixar o tom no gospel da extraordinária "Lost Someone". Quando o show parece se aproximar de um clímax explosivo, Brown embala num medley de nove hits e deixa o palco, voltando para a agitadíssima "Night Train". A platéia responde aos gritos. Ninguém entende porque Nathan achou melhor usar aplausos gravados no disco original.




Concluindo
Quando o apresentador do Apollo Theater anuncia as músicas do set list do Mr. Dynamite, pela empolgação do público já dá pra ter uma ideia do que está por vir.

O disco é quente, do começo ao fim. Mesmo nas baladas mais lentas, James Brown coloca uma pitadinha de sensualidade. É muito, muito bom! Impossível não destacar os vocais de apoio dos The Famous Flames e o excelente naipe de metais. Brown leva a plateia ao delírio em cada uma das faixas do disco. Achei impressionante a maneira como ele carrega "Lost Someone" por mais de 10 minutos sem que a música fique maçante. Poucos artistas no mundo são capazes de fazer algo assim. Mas não foi essa a minha favorita do disco, e sim a balada "I Don't Mind". Linda, linda!

Fica difícil entender a relutância de Syd Nathan em bancar Live At The Apollo, e fácil entender porque o álbum ficou tanto tempo nas paradas. Naquela noite, James Brown incendiou o Apollo. Sorte a nossa esse incêndio ficou eternizado nesse disco!



Faltam 480 dias.
Faltam 961 discos.

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